Grupo Bolt viabiliza maior projeto de autoprodução solar no setor hospitalar e inaugura complexo fotovoltaico no Ceará

By Marilia Criscuolo In Bolt Labs

27

jun
2025

Parceria com Rede D’Or e CGN garante fornecimento de 57 MW médios de energia limpa por 17 anos, ampliando segurança energética e metas de descarbonização no setor de saúde

O setor hospitalar brasileiro dá um passo histórico rumo à sustentabilidade com a inauguração do Complexo Solar Fotovoltaico Lagoinha, resultado de uma das maiores operações de autoprodução de energia solar já realizadas no país. A iniciativa, conduzida pelo Grupo Bolt em parceria com a Rede D’Or e a CGN Brasil, foi oficializada nesta quarta-feira, 26 de junho, no município de Russas, no Ceará.

Com 165 MW de capacidade instalada, o parque ocupa uma área de 304 hectares — equivalente a cerca de 426 campos de futebol — e abriga 337 mil painéis solares, capazes de abastecer mais de 200 mil residências com energia limpa. O contrato firmado garante o fornecimento de 57 MW médios de energia solar por 17 anos, destinados às mais de 70 unidades hospitalares da Rede D’Or, distribuídas em 13 estados e no Distrito Federal.

“Essa operação é um exemplo de como a autoprodução se consolida como uma solução madura, eficiente e sustentável para grandes consumidores. A atuação da Bolt vai muito além da comercialização: somos parceiros estratégicos na viabilização técnica, regulatória e econômica desses empreendimentos”, afirma Gustavo Ayala, CEO do Grupo Bolt.

Avanço na transição energética e segurança no setor de saúde

Em um contexto de crescente demanda por fontes limpas e previsibilidade tarifária, a autoprodução se consolida como uma alternativa estratégica para grandes consumidores. No caso do setor hospitalar, a confiabilidade energética tem impacto direto sobre a continuidade dos serviços, sobretudo em unidades críticas como UTIs, centros cirúrgicos e laboratórios.

Além do ganho operacional, a substituição de fontes fósseis por energia solar no projeto do Complexo Lagoinha evitará a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO₂ por ano, reforçando o compromisso da Rede D’Or com práticas ambientais sustentáveis e contribuindo diretamente para os compromissos de descarbonização do setor privado.

Complexo Lagoinha: marco para o mercado livre e o setor hospitalar

A operação representa um marco para a expansão da autoprodução no ambiente de contratação livre (ACL), com destaque para a aplicação em um setor altamente sensível como o da saúde. O Grupo Bolt, que já atua com soluções energéticas para diferentes segmentos, é reconhecido por seu papel de integrador técnico, jurídico e comercial na construção de empreendimentos de autoprodução sob medida.

“Participar de um projeto dessa magnitude, instalado em uma área com milhares de painéis solares e capacidade para abastecer dezenas de hospitais, é um marco importante para o Grupo”, reforça Ayala.

Com um modelo que garante previsibilidade de custos, redução de encargos setoriais, baixa exposição a riscos hidrológicos e uso de fontes renováveis, o modelo de autoprodução contribui também para o fortalecimento da governança e para o atingimento de metas ESG.

“A autoprodução garante ao consumidor previsibilidade e segurança no suprimento, além de permitir a redução de custos por meio do abatimento de encargos setoriais, diminuir a exposição a crises hídricas, fomentar o uso de fontes renováveis e fortalecer o alinhamento às boas práticas ambientais, sociais e de governança”, afirma o CEO do Grupo.

Potencial de replicação e tendências para o futuro

Com a abertura total do mercado livre de energia prevista até 2026, projetos como o do Complexo Solar Lagoinha tornam-se referência para diversos segmentos intensivos em consumo de energia. Hospitais, data centers, indústrias, universidades e redes varejistas são alguns dos setores que podem se beneficiar do modelo de autoprodução.

A operação também reforça o papel do Nordeste brasileiro como polo estratégico para geração solar, devido à elevada incidência solar e à infraestrutura crescente de escoamento da energia para centros de consumo. A CGN Brasil, parceira na geração do projeto, traz sua expertise internacional para consolidar o modelo em território nacional.

Cenário Energia – 26/06/2025